terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Exercitar a oração como diálogo



Queridos irmãos,

Vivemos numa constante tensão entre o que é certo e errado, bonito e feio, perene e efêmero, necessário e supérfluo. Para vencê-la, precisamos ter discernimento em nossas escolhas. Nenhum discernimento nos é dado sem uma vida de oração, o que significa se colocar na presença de Deus e se deixar iluminar por Sua infinita sabedoria.

Jesus insiste muito na oração. Rezar sempre foi um apelo e uma atitude constante na vida e pregação de Jesus.

É muito importante aprender a rezar. Nós achamos que já sabemos, mas não é verdade. A oração é um exercício continuo. No começo, assemelha-se a tentar dirigir um veículo pela primeira vez: a condução não flui, o carro afoga várias vezes e dá até vontade de desistir. Mas, à medida que treinamos, tudo vai entrando nos eixos. Com a oração também é assim: quanto mais exercitamos, maior a nossa intimidade com Deus.

É uma pena que a maioria das pessoas limite-se a rezar por meio de fórmulas prontas. Elas funcionam, não há dúvida, mas não são o único caminho para entrar em contato com Deus. Com o tempo, acabam transformando-se em "muletas", algo que apenas nos sustenta, mas não nos faz avançar.

A oração é muito mais do que isso. Assim como a fé, é um dom inspirado pelo Espírito Santo e, como todo dom, precisa ser desenvolvido.

Onde buscar conteúdo para a oração? Além do Espirito Santo (onde vem a máxima inspiração para quem reza), pode-se listar outras quatro fontes:


  1. Palavra de Deus: que é o alimento da oração e nos permite dialogar com o Altíssimo. Assim diz Santo Ambrósio: " A Deus falamos quando rezamos. A Deus ouvimos quando lemos a Sagrada Escritura."
  2. A Liturgia da Igreja e todos os sacramentos, que enlevam nossos corações e nos colocam em profunda comunhão com Deus.
  3. As virtudes teologais fé, esperança e caridade ou amor. Por meio da fé, sentimos a presença real de Deus. Já a esperança nos mantém firmes enquanto aguardamos, como nos dizem os Salmos: " Esperei ansiosamente no Senhor. Ele se inclinou para mim e ouviu meu grito" (SL 40, 1). Quanto ao amor, a terceira virtude teologal, São João Maria Vianney afirma que o amor é a fonte da oração e quem dela bebe atinge o seu cume.
  4. A própria vida cotidiana. Os acontecimentos do dia a dia, como as aflições pessoais e os problemas familiares podem, e devem, ser revelados e colocados na presença de Deus, preenchendo nossas orações. 
 São João Crisóstosmo alerta: " Para que nossa oração seja ouvida importa não só a quantidade de palavras, mas o fervor de nossas almas" Não esqueçam disso!!!

Amanhã falarei mais sobre esse tema. 





Fonte:  Livro 20 passos para paz interior. Pe Reginaldo Manzotti


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