Análises da imagem de Guadalupe
Em primeiro lugar, chamou a atenção dos peritos a singular
conservação do rude tecido da tilma (avental) de Juan Diego. Durante séculos,
esteve exposto, sem maiores cuidados, aos rigores do calor, da poeira e da
umidade, e mesmo assim sua tessitura não se desfibrou, nem tampouco se lhe
desvaneceu a admirável policromia.
A matéria sobre a qual a imagem foi estampada é tecido
confeccionado com fibra de ayate, da espécie mexicana agave potule zacc, que se
decompõe por putrefação aos 20 anos, aproximadamente. Em contraposição, o
avental de Juan Diego já dura 450 anos sem se rasgar nem se decompor e, por
motivos inexplicáveis, é imune à umidade e à poeira.
Atribuiu-se essa virtude ao tipo de pintura que cobre o
pano, a qual poderia atuar como matéria protetora. Em conseqüência, foi enviada
uma amostra para ser analisada pelo cientista alemão e Prêmio Nobel de Química
Richard Kuhn, cuja resposta deixou perplexos os consultantes. Os corantes da
imagem não pertencem nem ao reino vegetal, nem mineral nem ao animal, afirmou o
pesquisador.
Pensou-se, então, que a tela estivesse tratada por um
procedimento especial. Mas de que consistência seria essa preparação da tela
para que a pintura pudesse aderir e se conservar incólume sobre matéria tão
frágil e perecível como é o ayate?
Mais: confiaram a dois estudiosos norte-americanos — o
doutor Calagan, da NASA, e o professor Jody B. Smith, catedrático de Filosofia
da Ciência no Pensacolla College — a tarefa de submeter a imagem à análise
fotográfica com raios infravermelhos.
As suas conclusões foram as seguintes:
1ª. o ayate — tela rala de fio de magüey — não possui
preparação alguma, o que torna inexplicável, à luz dos conhecimentos humanos,
que os corantes impregnem fibra tão inadequada e nela se conservem.
2ª. não há esboços prévios, como os descobertos pelo mesmo
processo nos quadros de Velázquez, Rubens, El Greco e Ticiano. A imagem foi
pintada diretamente, tal qual a vemos, sem esboços nem retificações.
3ª. não há pinceladas. A técnica empregada é desconhecida na
história da pintura. É inusitada, incompreensível e irrepetível.
Os Mistérios nos olhos de Maria
Em 1929, Alfonso Marcue, fotógrafo oficial da Basílica de
Guadalupe na Cidade do México, teve a impressão de ver a imagem de um homem de
barba refletido no olho direito da Virgem. Depois de várias análises de sua
fotografia em preto e branco, ele não tinha dúvidas e decidiu informar as
autoridades da Basílica. Ele foi orientado para manter completo silêncio a
respeito do descobrimento. Mais de 20 anos depois, em 29 de maio de 1951, José
Carlos Salinas-Chavez examinou uma boa fotografia da face e redescobriu a
imagem que parece claramente ser um homem de barba refletido no olho direito da
Virgem, localizando-o também no olho esquerdo.
O primeiro relatório dos olhos da imagem, emitido por um
médico, certifica a presença de uma tripla reflexão (efeito Samson-Purkinje),
característica de todo olho humano vivo; o resultado diz que as imagens estão
localizadas exatamente onde elas deveriam estar de acordo com tal efeito, e
também que a distorção das imagens combina com a curvatura da córnea. No mesmo
ano, outro oftamologista examinou os olhos da imagem com um oftamoscópio em
grande detalhe. Ele observou a aparente figura humana nas córneas nos dois olhos,
com a localização e distorção de um olho humano normal e, especialmente, notou
uma singular aparência dos olhos: eles parecem estranhamente vivos quando
examinados.
O oftalmologista Torija Lauvoignet examinou com um
oftalmoscópio de alta potência a pupila da imagem e observou, maravilhado, que
na íris se via refletida uma mínima figura que parecia o busto de um homem. E
este foi o antecedente imediato para promover a investigação mais profunda, ou
seja, a "digitalização" dos olhos da Virgem de Guadalupe, que pode
ser assim descrita:
Sabemos que na córnea do olho humano se reflete o que a
pessoa está vendo no momento. O doutor Aste Tonsmann fez fotografar (sem que
ele estivesse presente) os olhos de uma filha sua e, utilizando o procedimento
denominado "processo de digitalizar imagens", pôde, sem mais,
averiguar tudo quanto via sua filha no momento de ser fotografada.
Este mesmo cientista, cuja profissão era a de captar as
imagens da Terra transmitidas do espaço pelos satélites artificiais,
"digitalizou", no ano de 1980, a imagem de Nossa Senhora de
Guadalupe, e os resultados foram surpreendentes. Tal procedimento consiste em
dividir a imagem em quadrículas microscópicas, até o ponto de, numa superfície
de um milímetro quadrado, caberem 27.778 ínfimos, mínimos quadrinhos. Uma vez
feito isso, cada miniquadrícula pode ser ampliada, multiplicando-se por dois
mil, o que permite a observação de pormenores impossíveis de serem captados a
olho nu.
Ora, os pormenores que se observaram na íris da imagem são:
Um índio no ato de desdobrar sua tilma perante um
franciscano; o próprio franciscano, em cujo rosto se vê escorrer uma lágrima;
uma pessoa muito jovem, tendo a mão sobre a barba com ar de consternação.
Um índio com o torso desnudo, em atitude quase orante.
Uma mulher de cabelo crespo, provavelmente uma negra,
serviçal do bispo.
Um varão, uma mulher e umas crianças com a cabeça meio
raspada.
E mais outros religiosos vestidos com hábito franciscano.
Isto é... o mesmo episódio relatado em náhualt por um anônimo escrito indígena
na primeira metade do século XVI e editado em náhualt e em espanhol por Lasso
de La Veja em 1649.
Foram feitos também estudos iconográficos para comparar
estas figuras com os retratos conhecidos do arcebispo Zumárraga e de pessoas do
seu tempo ou do lugar. O que é radicalmente impossível, é que num espaço tão
pequeno como a córnea de um olho, situada numa imagem de tamanho aproximado ao
natural, um miniaturista tenha podido pintar aquilo que foi necessário ampliar
duas mil vezes para que pudesse ser percebido.
Todo fiel católico sabe que a Igreja não impõe à fé dos
cristãos alguma revelação particular, mas deixa a critério de cada um aceitar
ou não as respectivas narrações. Ora as que se referem a Nossa Senhora de
Guadalupe têm forte cunho de verosíssima semelhança, dados os estudos
científicos que acabamos de mencionar.
Deus seja louvado pelos sinais que Se digna de dar aos
homens, para manifestar a Sua presença e providência no mundo conturbado em que
vivemos!
Fonte:
http://www.nossa-senhora.org/nossa-senhora-de-guadalupe/
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