terça-feira, 27 de março de 2012

Entrevista com o Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer



Ontem, dia 26/03, assisti a entrevista com o arcebispo metropolitano de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, no Programa Roda Viva, da TV Cultura. Os temas abordados foram: Campanha da Fraternidade 2012 (saúde pública); mudanças recentes na configuração religiosa do Brasil; catolicismo atual,  trânsito entre religiões e os problemas que a Igreja Católica vem enfrentando com a perda de fiéis tanto aqui como em outros países.

Na bancada do programa estavam o jornalista Mario Sergio Conti,  Fernando Coelho (jornalista e poeta), reverendo Aldo Quintão (responsável pela Catedral Anglicana de São Paulo), Sandra Duarte de Souza (professora da Universidade Metodista de São Paulo, doutora em Ciências da Religião), Luciana Garbin (editora do caderno Metrópole do jornal O Estado de S. Paulo) e Ivan Martins (editor-executivo da revista Época) e o cartunista Paulo Caruso.

Durante a entrevista fiquei impressionada com o massacre das perguntas feitas para o Cardeal . Muitas, na minha opinião, ofensivas. Não parecia um debate e sim um repúdio a Igreja (vários questionamentos incisivos que tinha como objetivo denegrir a imagem da Igreja Apostólica Romana para os telespectadores). E diante desse cenário, o Cardeal foi excelente nas respostas, teve uma sabedoria incrível para responder cada pergunta - todas inspiradas pelo Espírito Santo. Nessa entrevista, percebi o quanto o ser humano quer ferir o outro. O objetivo era colocar o cardeal contra parede sem dó e piedade. Triste e lamentável! Tirando isso, gostei muito da postura do Cardeal, falou com serenidade, segurança e sabedoria. Não tem jeito, o demônio quer destruir a imagem da Igreja que o apóstolo Pedro ajudou a construir, mas isso jamais vai ocorrer sem a permissão de Cristo Jesus.  

Os vídeos da entrevista ainda não foram colocados, mas acredito que até o final da semana está no site da emissora: http://cmais.com.br/videos

quinta-feira, 22 de março de 2012

A porta estreita




Queridos, esse texto da Bíblia é um dos que mais mexe comigo. No mesmo instante que me dá um receio, agradeço a esse evangelista Lucas relatar o que Cristo disse. Temos a oportunidade de ter nesse livro instruções de como buscar e conseguir o verdadeiro caminho de Deus. Temos um tesouro, temos a "receita" para obter o paraíso. E muitas vezes desprezamos. O que mais entristece é ver pessoas perdendo seu tempo com coisas inúteis nesse mundo, esse mundão que não vai nos levar a nada. Pessoas desinteressadas a conhecer a verdade e que no final vão se arrepender por resto da vida de não ter dado a devida atenção a esse precioso livro, que é a Bíblia, que nos foi deixado para nos conduzir, ter a chance de viver eternamente com o nosso Senhor. Cristo é tão maravilhoso que deixou para nós a sua verdade transcrita. 

Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando  na sua viagem para Jerusalém. Alguém perguntou:
- Senhor, são poucos os que vão ser salvos?
Jesus respondeu:
- Façam tudo para entrar pela porta estreita. Pois eu afirmo a vocês que muitos vão querer entrar, mas não poderão.O dono da casa vai se levantar e fechar a porta. Então vocês ficarão do lado de fora, batendo na porta e dizendo: "Senhor, nos deixe entrar!" E ele responderá: "Não sei de onde são vocês." Aí vocês dirão: "Nós comemos e bebemos com o senhor. O senhor ensinou na nossa cidade". Mas ele responderá: "Não sei de onde são vocês. Afastem-se de mim, vocês que só fazem o mal". Quando vocês virem Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas no Reino de Deus e vocês estiverem do lado de fora, então haverá choro e ranger de dentes de desespero. Muitos virão do Leste e do Oeste, do Norte e do Sul e vão sentar-se à mesa no Reino de Deus. E os que agora são os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos.
(Lc 13, 22-30)

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Refletindo o Evangelho de Lucas temos, sem dúvida, a oportunidade de crescer fortalecendo as nossas decisões, como também, a virtude da vigilância. Em Lucas 13, 22- 30, nós encontramos alguém que faz uma pergunta a Jesus: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” Diante da pergunta, Cristo a responde com uma forte afirmação no versículo seguinte: "Fazei todo o esforço possível para entrar pela porta estreita. Por que eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão".
A exigência do Evangelho deve, portanto, nos questionar se a vida que levamos, verdadeiramente, nos forma e prepara, para as diversas "portas estreitas da vida", inclusive, para a porta estreita, por excelência, que é o julgamento final. É muito significativo e profundo o fato de Jesus afirmar que muitos tentarão e não conseguirão entrar.

O que isso pode significar para nós? Será que esses levavam uma vida de completa ilusão acerca do seu preparo? Ou seja, viviam uma ilusão de seguimento de Jesus, de estar preparados, contudo, sem as condições necessárias para responder a exigência da porta estreita. Estar com Nosso Senhor Jesus Cristo, mas não ser inteiramente d'Ele constitui a ilusão que mais frustra o homem.

A porta estreita nos revela o quão importante é ter uma vida de intimidade com Cristo, que compromete o ser, ou seja, a vida na sua totalidade. Em I João 2, 4, colhemos o critério que nos prova: “Aquele que diz: 'Eu conheço', mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele”. Tal dimensão nos encaminha para um exame de consciência intenso, por meio do qual percebemos que – sem a prática dos ensinamentos de Jesus – no concreto da vida, nosso preparo revela-se ilusório e fantasioso. Se a consciência, o conhecimento e a fé não se revelam capazes de governar a vida, a existência torna-se mentira e falsa.

E, de fato, tudo aquilo que não é cosntruído na verdade sempre irá cair por terra um dia, o tempo é o seu maior adversário, pois, este [tempo] sempre vence aquilo que não possui raiz profunda.

Agora, quem pode nos preparar para a exigência da porta estreita? Constatamos que somente Alguém pode nos formar para tal realidade: Deus, que nos criou! Por esse motivo a Carta aos Hebreus afirma que não podemos desprezar a educação do Senhor, que nos repreende e corrige em vista da salvação. Contudo, sem o "fazei todo o esforço possível", acaba-se por não viver o comprometimento e o dinamismo do ser melhor, da mudança, que nos faz vir para fora, inserindo-nos nessa realidade de purificação e preparação.

Nesse Evangelho Jesus coloca ainda um outro questionamento no versículo 25a e 26: “Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: 'Senhor, abre-nos a porta!'. Ele responderá: 'Não sei de onde sois'".

É, sem dúvida, muito triste seguir um caminho e ver as esperanças frustradas, mas isso é justamente o resultado de uma vida feita de "meias medidas", de "jeitinhos" aqui e lá, enfim, de meras aparências. Precisamos ser responsáveis, reconhecendo que Deus nos conhece inteiramente e que o improviso e a imprudência não são salvíficos. Portanto, não nos enganemos, sigamos um caminho permitindo que o "Dono da Porta" nos ajuste na medida da "porta estreita", pois, a medida correta está em Deus, não em nós mesmos.

Mas, infelizmente, vivemos em um mundo onde a busca de muitos é pela "porta larga", ou seja, pelo mais fácil e rápido. Que tipo de pessoas podem surgir de uma formação que busca a facilidade e a falsa proteção? Pessoas desanimadas e excessivamente sensíveis, que tendem à perda de sentido da vida, pelo simples fato de não conseguirem enfrentar as exigências naturais da vida e da fé. Por isso, decida-se por um caminhar no qual a referência seja a Palavra de Deus, que além de nos revela Jesus, também nos desvela a verdade de nós mesmos.

O que precisamos fazer e deixar Deus fazer em nós? Que Deus o abençoe, o prepare e o ajuste na medida da "porta estreita"; o tempo da graça, o Kairós de Deus para ser estreitado é hoje!


Pe Eliano Luiz Gonçalves, sjs


terça-feira, 20 de março de 2012

O vale dos ossos secos



Queridos, essa leitura do Livro de Ezequiel é impressionante. Trata-se de uma imagem fantástica: o profeta se encontrava diante de um panorama de desolação: um antigo vale cheio de esqueletos, formados no deserto por um longo tempo. Neste cemitério, os corpos perderam suas peles e suas carnes. Eram agora apenas ossos, ossos secos. Ezequiel não fala sobre os ossos secos; Ezequiel fala aos ossos secos. O povo estava no exílio. O povo não aguentava mais esperar. Palavras não bastavam mais. O povo olhava para sua história e se via separado de Deus e disperso por várias nações.

Deus com seu amor deu VIDA a todos aqueles ossos. Para você que, muitas vezes, perde a fé, a esperança em Deus, esse texto vai encorajá-lo a enfrentar as dificuldades por um único motivo: Deus tem autoridade sobre nós, Deus renova o nosso coração, o nosso íntimo, curando todos os nossos males físicos e psíquicos. Deus nos dá a vida novamente, nos faz um homem novo e nos ensina viver uma vida dedicada a Ele. Essa leitura merece reflexão: 

" Eu senti a presença poderosa do Senhor, e o seu espírito me levou e me pôs no meio de um vale onde a terra estava coberta de ossos. Ele me levou para dar uma volta por todos os lugares do vale, e eu pude ver que havia muitos ossos, muito mesmo, e estavam completamente secos. Então o senhor me disse:  
- Homem mortal, será que esses ossos podem ter vida de novo? Eu respondi:  Senhor, meu Deus, só tu sabes se podem ou não. Ele disse: 
- Profetize para esses ossos. Diga a esses ossos secos que deem atenção à mensagem do Senhor. Diga que eu, o Senhor Deus, estou lhe dizendo isto: " Eu porei respiração dentro de vocês e os farei viver de novo. Eu lhes darei tendões e músculos e os cobrirei de pele. Porei respiração dentro de vocês e os farei viver de novo. Aí vocês ficarão sabendo que eu sou o Senhor."
Então profetizei conforme a ordem que eu havia recebido. Enquanto eu falava, ouvi um barulho. Eram os ossos se ajuntando uns com os outros, cada um no seu próprio lugar. Enquanto eu olhava, os ossos se cobriram de tendões e músculos e depois de pele. Porém não havia respiração nos corpos.
Então o senhor me disse:
- Homem mortal, profetize para o vento. Diga que o Senhor Deus está mandando que ele venha de todas as direções para soprar esses corpos mortos a fim de que vivam de novo.
Então profetizei conforme a ordem que eu havia recebido. A respiração entrou nos corpos, e eles viveram de novo e ficaram de pé. Havia tanta gente, que dava para formar um enorme exército.
O Senhor me disse:
- Homem mortal, o povo de Israel é como esses ossos. Dizem que estão secos, sem esperança e sem futuro. Por isso, profetize para o meu povo de Israel e diga-lhes que eu, o Senhor Deus, abrirei as sepulturas onde o meu povo está enterrado e vou tirá-los para fora; aí ficarão sabendo que eu sou o Senhor. Porei a minha respiração neles, e os farei viver novamente, e os deixarei morar na sua própria terra, Aí ficarão sabendo que eu sou o Senhor. Prometi que faria isso e farei. Eu, o Senhor, falei. " ( Ez 37, 1- 14).

sábado, 17 de março de 2012

Nada na vida acontece por acaso ... pense nisso!



 Senhor, está muito pesada, vou cortar um pedaço...




Senhor, cortarei um pouquinho mais...
Assim poderei carregá-la melhor ...


 Senhor, muito obrigado...



 Use a sua cruz como ponte, atravesse e siga em frente...

 Ahh! É muito pequena a minha cruz, eu não posso atravessar...


Nada nesta vida é por acaso !
Muitas vezes, queremos nos livrar da "cruz"  que nos é dada,
mas para tudo tem um 'para quê' e um 'por quê'...
Deus nunca nos manda algo que não possamos suportar...
E se formos abreviar estes caminhos, certamente teremos problemas !
Não é preciso dizer MAIS NADA!
Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.


sexta-feira, 16 de março de 2012

Fuja de crendices, superstições, simpatias e mitos.




Querendo ou não, somos bombardeados a todo momento por uma enxurrada de informações, muitas delas desencontradas, que podem nos confundir, não apenas quanto às nossas decisões humanas, mas também em nossa relação com Deus. É muito importante purificarmos a fé, mantendo-a "limpa" das falsas verdades e dos incontáveis artifícios criados pelo demônio para nos ludibriar segundo seus interesses

As superstições e as crendices servem apenas para quem não encontrou sua verdadeira fé.

Sobre isso, Nosso Senhor alertou-nos: " Muitos virão em Meu nome, dizendo: Sou eu o Cristo. E seduzirão a muitos." (Mt 24,5). Jesus ainda completou pedindo que não nos deixemos levar.

Não precisamos de trevo de quatro folhas, ferradura atrás das portas e todas as simpatias para passar o ano e atrair dinheiro, sorte e amor. Não precisamos disso, pois encontramos tudo em Jesus Cristo. Assim ensinou São Paulo: " Tudo o que é verdadeiro, nobre, puro, amável, de boa fama, virtuoso e louvável coloca-o no vosso crédito". (Fil 4, 8). E ainda: "Provai tudo e ficai com o que é bom"  (1 Ts 5, 21). Mas de tudo o que se vê e ouve, o que é bom? Aqui temos um critério decisivo:a doutrina de Cristo. Se está de acordo com ela, é bom; se não está, não nos serve. Portanto, Cristo é nosso valor central e a medida suprema de tudo.

Jesus quis fazer-se presente especialmente na Palavra e nos sacramentos, por isso não perca seu tempo procurando respostas fora. N' Ele está tudo o que precisamos para nossa vida. TUDO!



Fonte: Livro 20 passos para a paz interior

terça-feira, 13 de março de 2012

De quem devemos ter medo?





"Não tenham medo de ninguém. Tudo o que está coberto vai ser descoberto; e tudo o que está escondido será conhecido. O que estou dizendo a vocês na escuridão repitam na luz do dia. E o que vocês ouviram em segredo anunciem abertamente.

Não tenham medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Porém tenham medo de Deus, que pode destruir no inferno tanto a alma como o corpo. Por acaso não é verdade que dois passarinhos são vendidos por algumas moedinhas? Porém  nenhum deles cai no chão se o Pai de vocês não deixar que isso aconteça. Quanto a vocês, até os fios dos seus cabelos estão todos contados. Portanto, não tenham medo, pois vocês valem mais do que muitos passarinhos." (Mt 10, 26-31).

segunda-feira, 12 de março de 2012

CRISTIANOFOBIA: a escalada do ódio ao cristianismo




Com perversidade ainda maior, revivem-se em nosso século as antigas perseguições do Império Romano pagão.

Crescem vertiginosamente os esforços para erradicar do Ocidente a imagem de Deus e da verdadeira Religião; propagam-se no mundo inteiro a repulsa e a perseguição aos cristãos; os martírios atuais evocam e superam as perseguições da época das catacumbas.

Muitos imaginavam que o diálogo inter-religioso preconizado pelo Concílio Vaticano II dissiparia para sempre — ou ao menos mitigaria enormemente — as perseguições religiosas e as guerras. Santo Agostinho afirma, contudo, que a origem dos conflitos e das catástrofes está no pecado. E, portanto, enquanto o mundo estiver entregue ao mal, não haverá a verdadeira paz — definida pelo grande Doutor da Igreja como“tranquilidade da ordem”.

Por essa mesma razão é que, apesar de Paulo VI, ecoando o espírito conciliar, ter proclamado na ONU há quase 50 anos (4-10-1965): “Jamais plus la guerre, jamais plus la guerre!” (“Nunca mais a guerra, nunca mais a guerra!”), os conflitos armados e as perseguições não fizeram senão aumentar de modo assustador.

Falando nos dias 2 e 3 de junho de 2011 em Budapeste, por ocasião de um congresso internacional organizado pela Hungria e pelo Conselho da União Europeia, o representante da Organização para a Segurança e Cooperação da Europa (OSCE), Massimo Introvigne, declarou: “A cada cinco minutos, um cristão é morto no mundo por causa de sua fé”. Ou seja, mais de 105 mil cristãos são assassinados anualmente por crerem em Jesus Cristo! E, de acordo com a associação Ajuda à Igreja que Sofre, 75% das vítimas das perseguições religiosas no mundo em 2010 foram cristãos.

Seguidores de Cristo: cidadãos de segunda classe?

A título exemplificativo, cuidaremos no presente artigo de algumas dessas perseguições, cujo fundo constitui o substrato de muitas das guerras, para que o leitor não perca de vista a existência deste terrível aspecto da realidade contemporânea, infelizmente pouco ressaltado pela mídia, à qual, entretanto, nunca falta espaço para coisas sem ou de muito menor importância.

Os próprios membros da Hierarquia eclesiástica continuam sendo vítimas da sanha persecutória muçulmana. Na Turquia, no dia 3 de junho de 2010, o Vigário Apostólico da Igreja Católica de Anatólia e Presidente da Conferência Episcopal da Turquia, D. Luigi Padovese, frade capuchinho de 63 anos, foi morto a facadas por seu motorista muçulmano. Este, depois de praticar o brutal assassinato, subiu a um telhado e gritou que havia matado “o grande satã”.

O corpo do Prelado foi despachado mais tarde como carga comum para a Itália, e a conjuntura (ou as injunções da perseguição laico-islâmica?) não permitiu que ele fosse objeto de uma cerimônia fúnebre que se aproximasse, de longe sequer, da concedida há alguns anos em Paris ao tristemente famoso Abbé Pierre, que não obstante ter-se declarado favorável ao concubinato para os padres, à ordenação de mulheres, às uniões homossexuais, entretanto foi homenageado com grande cortejo público e teve exéquias solenes na mítica Catedral de Notre-Dame.

Ainda na Turquia, quatro anos antes, em 2006, o Pe. Andrea Santoro fora assassinado a tiros em Trebisonda, nordeste do país. Talvez sem imaginar que análogo fim o aguardava, D. Luigi Padovese afirmou então que o assassinato do sacerdote não havia sido “uma casualidade”.

No Iraque, no atentado perpetrado em Bagdá no dia 31 de outubro de 2010, o alvo da Al-Qaeda foi a igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Foram assassinados dois padres e 44 fiéis, além de 60 feridos. Morreram ainda sete membros das forças de segurança e cinco terroristas.

Com atuação em 60 países, Portes Ouvertes, uma ONG preocupada com a perseguição religiosa, publica desde o ano de 1997 o “Índice Mundial de Perseguição”, contendo a relação dos 50 países nos quais os cristãos são mais perseguidos. No conceito de perseguição adotado por ela inclui-se, além da violação do direito de praticar a religião, também o fato de na vida cotidiana alguém sofrer restrições por causa de sua fé.

Segundo essa organização, as perseguições não acontecem por acaso, mas são premeditadas. E desenvolvem-se através de diversas etapas, ao longo das quais os cristãos são tratados como cidadãos de segunda classe.

Ron Boy MacMillan, chefe do Departamento de Pesquisa e Estratégia da entidade, assim descreve as perseguições: “Existem quatro fontes de perseguição no mundo: o extremismo islâmico, a opressão comunista, o nacionalismo religioso e a intolerância laica. A mudança maior nos últimos trinta anos consistiu na substituição da opressão comunista pelo extremismo islâmico como perseguidor principal do cristianismo mundial. Mas as outras forças de opressão nem por isso diminuíram. A Coréia do Norte stalinista continua sendo o país onde as condições são as mais duras para um cristão, e a mais importante comunidade homogênea perseguida continua sendo a dos cristãos da China, onde o fato de falar sobre sua crença no exterior do edifício de uma igreja é estritamente proibido pela legislação chinesa…”.

Cresce o ódio anticatólico em 2012

Na Somália, a lei islâmica Sharia castiga com morte por apedrejamento os convertidos ao cristianismo. A maior parte dessas perseguições é movida por sequazes do fanatismo muçulmano — indivíduos, grupos ou governos. Largamente tolerados no Ocidente, eles não admitem que em seus respectivos países alguém adore o verdadeiro Deus ou abrace a sua única Igreja — a católica — ou mesmo qualquer outra crença que não a islâmica. Fazê-lo é expor-se à morte.

Na Arábia Saudita, um dos maiores produtores mundiais de petróleo, o ódio anticristão — e em particular o anticatólico — é ferrenho. Existem documentários relatando os maus tratos recebidos por católicos filipinos que lá trabalhavam e que depois de sofrerem com suas famílias — inclusive filhos pequenos — pena de prisão por prática religiosa no interior de suas casas, foram severamente punidos e depois expulsos do país. Uma dessas vítimas ficou presa 18 meses e, entre outros maus tratos, recebeu 78 chibatadas!

Há ainda outros grupos sectários perseguidores de cristãos, como os hindus e budistas, que movem análoga perseguição por fanatismo religioso em alguns lugares da Índia, do Siri Lanka e da Birmânia, em escala menor devido às limitações de sua própria irradiação.

Segundo informação de 13 de janeiro de 2012 da “Agência Fides”, houve na Índia, no decurso de 2011, mais de dois mil casos de perseguições contra cristãos, a metade das quais no estado de Kanataka, sul do país. Outros estados citados são Orissa, Gujarat, Madhya Pradesh e Chhattisgarh.

Detalhando mais a informação — baseada no “Relatório 2011” do Fórum Católico Secular (CSF), organização ecumênica fundada por católicos indianos e apoiada pelo Cardeal Oswald Gracias, Arcebispo de Bombaim —, a “Agência Fides” noticia que o número de cristãos que sofreram agressões, ataques e perseguições elevou-se a 2.144, sem contar seus familiares, parentes e amigos, que constituem vítimas indiretas. Tal número foi levantado com base em denúncias recebidas ou repercutidas na imprensa. Estima-se, contudo, que ele pode ser até três vezes maior. Para 2012 está previsto um incremento nas perseguições exercidas por grupos extremistas hindus, as quais são referidas pelo Relatório como “vírus que infecta a sociedade”.


Ao ódio islâmico soma-se o ódio comunista

Na Nigéria, país africano onde tem sido mais feroz a ofensiva islâmica, o dirigente da Associação Cristã da Nigéria (CAN), Ayo Oritsejafor, declarou que os ataques atuais contra os cristãos lembram a guerra civil que causou mais de um milhão de mortos nos anos 60, e poderiam significar uma “limpeza” religiosa. Os líderes cristãos decidiram então definir os meios necessários para se defender em face dos numerosos assassinatos praticados pelos perseguidores anticristãos. “Temos o direito legítimo de nos defender [...], custe o que custar” – advertiu, sem precisar que medidas seriam tomadas.

Respondendo a essas declarações, Khalid Aliyu, secretário-geral da Jama’atu Nasril Ilsam (JNI), que agrupa as organizações muçulmanas da Nigéria, declarou cinicamente: “Consideramos essas declarações como uma intimidação e uma ameaça contra os muçulmanos nigerianos”.

Desde o Natal, seis ataques visaram os cristãos, acarretando mais de 80 mortos. A maioria das investidas foi reivindicada pelo movimento islâmico Boko Haram, que deseja impor a sharia (lei islâmica) ao conjunto do país, o mais populoso da África, com 160 milhões de habitantes, informa a AFP.

Importa também mencionar as contínuas perseguições feitas pelos regimes comunistas chinês, vietnamita e norte-coreano — para citar apenas estes — contra os seguidores da fé católica e de outros credos, em grau maior ou menor. Mas nestas perseguições, como nas demais que analisaremos a seguir, está presente um germe não existente nas anteriores, pelo menos de modo explícito: o do igualitarismo, que é a metafísica e a espinha dorsal do socialismo e do comunismo.

Quanto ao regime comunista cubano — velho de meio século, já martirizou milhares de católicos nas suas insalubres prisões e no tétrico paredón.



Nesse ódio, o papel do Ocidente ex-cristão

Mas, enquanto tais modalidades de perseguições são promovidas por pagãos e comunistas, existe uma outra que, apesar de não usar da mesma violência física, não é menos grave ou cogente. Ao contrário das primeiras, que muitas vezes geram mártires, ela faz apóstatas. Praticam-na governos, parlamentos, organizações internacionais e a mídia do próprio Ocidente outrora cristão, os quais fazem assim causa comum com comunistas e pagãos. Por meio de leis ímpias, de manifestações culturais blasfemas, de pressões favorecedoras de todo tipo de torpezas, além de outros meios, trabalham para alijar a religião e a moralidade da vida pública e privada, como também dos corações dos fiéis. Tudo em nome do laicismo de Estado!
Com uma agravante: enquanto nos países anteriormente citados a perseguição é praticada contra pessoas ou grupos de pessoas, no Ocidente ela se tem estendido até mesmo a nações. É o que está acontecendo no momento com a Hungria, ameaçada tenazmente por meio de uma curiosa frente inquisitorial comum, englobando a mídia, o governo Obama, a ONU e a União Europeia. Seu “crime”? Ter “ousado” aprovar uma constituição baseada, entre outras coisas, em alguns princípios cristãos, estabelecendo que casamento é somente entre homem e mulher, proibindo toda e qualquer forma de aborto, e remontando à formação católica da nação húngara a partir do glorioso Santo Estevão.

Aos atuais opositores da Hungria — com a qual quase ninguém se incomodava na época em que gemia opressa pelo comunismo — pouco lhes importa que os mais disparatados absurdos e violações da própria Lei natural continuem sendo hoje perpetrados impunemente pelo regime comunista e ateu da Coréia do Norte contra uma população famélica e escravizada até em seus sentimentos! Tampouco lhes importa minimamente o fato de televisões islâmicas fazerem emissões a países europeus e latino-americanos, incitando seus habitantes a aderir ao Alcorão e às suas derivações políticas. Só os indigna o fato de uma nação civilizada e soberana como a Hungria, adotar uma constituição baseada em preceitos do Evangelho para os quais a carta europeia atual voltou suas costas!

Também a Nigéria foi alvo da fúria do presidente norte-americano Barack Obama e do primeiro-ministro inglês David Cameron, que a recriminaram duramente e ameaçaram com sanções, pelo fato de naquele país africano, pobre em recursos materiais, mas rico em sanidade moral, terem sido aprovadas leis condenatórias de práticas homossexuais.

Proibição de se rezar ao verdadeiro Deus

Sr. Jean Tremblay, perseguido por rezar antes do início das sessões na câmara municipal. Detenho-me mais no seguinte caso, ocorrido no Canadá, por constituir um exemplo típico de perseguição laica movida no Ocidente contra uma coletividade católica, da qual um dos representantes – o prefeito! – tem sabido reagir à altura. Poder-se-iam citar inúmeros outros.


No início de 2011, baseado em denúncia de um ateu e do Movimento Laico de Québec, um tribunal daquela província começou a perseguir o Sr. Jean Tremblay, católico praticante e prefeito da cidade de Saguenay, pelo fato de ele, respeitando a tradição local, rezar antes de cada sessão da câmara municipal. No dia 11 de fevereiro de 2011, festa de Nossa Senhora de Lourdes, o Tribunal dos Direitos da Pessoa condenou o prefeito a pagar 30 mil dólares canadenses (22 mil euros) e, sobretudo, a não mais fazer orações. O juiz exigiu ainda a retirada de uma imagem do Sagrado Coração de Jesus e do Crucifixo das salas onde se realizam as assembléias, em nome da “obrigação de neutralidade dos poderes públicos” e da “liberdade de consciência dos cidadãos”.

Determinado a não abandonar essa longa tradição, no dia 16 de fevereiro o prefeito lançou um apelo de donativos aos moradores de Saguenay — 150 mil habitantes — a fim de pagar a multa e poupar os cofres públicos. “Estou certo de que meus concidadãos são favoráveis a que se continue de pé e se façam respeitar os nossos valores”, declarou ele na Rádio Vila-Maria. Seu apelo foi logo atendido. Num gesto que equivale a um plebiscito, até o dia 1º. de março já haviam sido coletados mais de 100 mil dólares canadenses, ou 70 mil euros!

Numa conferência coletiva de imprensa, o Sr. Tremblay afirmou que “os governantes de Québec são particularmente sensíveis na defesa daquilo que constitui a nossa identidade”, estimando que sua posição reflete o desejo da maioria dos cidadãos, cujos 90% são católicos. Graças a esse apoio, ele está disposto a ir até o fim neste combate: “Não se pode deixar essas coisas acontecerem; é por isso que elas repercutem em todo o Québec. Imagine se cedêssemos. Essa gente vai fazer a lei por todas as partes: Tiram o crucifixo, tiram isto, mudam tal nome”.

A controvérsia ultrapassa as fronteiras de Saguenay, pois a sentença do Tribunal dos Direitos da Pessoa de Québec poderia vir a ser aplicada a todas as instituições públicas daquela província. Mas de tal modo o assunto pegou fogo, que Hugo d’Amours, porta-voz do primeiro-ministro Jean Charest, declarou no dia 15 de fevereiro ao jornal “Le Soleil”: “Não há nenhuma possibilidade de o governo retirar o crucifixo da Assembleia Nacional”, lembrando que “a Igreja exerceu um papel importante na história de Québec e que o crucifixo é um símbolo disso”. Diferentemente dele pensam os partidários agressivos e ateus do Movimento Laico de Québec, cuja porta-voz, Marie-Michelle Poisson, declarou que a decisão do Tribunal “poderia repercutir até na Assembleia Nacional, onde o crucifixo que ali domina é muito controverso”.

Perseguições piores que as do Império Romano

Na China, no Iraque, na África do Norte e no Paquistão, de acordo com a organização americana West Walley High, o cristianismo é hoje a fé mais constante e violentamente perseguida. Após citar o Papa Bento XVI, segundo o qual “os cristãos são no momento atual o grupo religioso alvo do maior número de perseguições por causa de sua fé”, acrescenta que tudo isso se passa sob a indiferença quase geral.

À inoperância cúmplice da União Europeia, cujas resoluções contra as perseguições religiosas só ficam no papel, soma-se uma observação da Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia(COMECE), relativa à resolução conjunta dos 27 ministros das Relações Exteriores dos Estados membros sobre o mesmo tema: a de que, talvez por pressão das instituições europeias hostis ao cristianismo, alguns dos representantes desses Estados se recusam a fazer qualquer menção ao termo “cristão”.

Cumpre ainda lembrar que nos parlamentos e tribunais ocidentais, em oposição ao que sucede em países africanos, estão largamente em voga leis especiais de proteção da prática homossexual e de promoção do aborto (e de punição, até mesmo com cadeia, para os que a elas se opuserem). Tais leis constituem um nefando ato de Cristianofobia contra os que permanecem fiéis ao estabelecido no Decálogo.

Constituem também atos de Cristianofobia as leis que tornam passíveis de punição os pais que retiram seus filhos de escolas onde são ministradas aulas com base em kits e cartilhas, iniciando-os precocemente em toda sorte de perversão sexual e, portanto, aumentando a incidência do aborto e da Aids. Ou ainda, que médicos e enfermeiros, em clara violação da sua liberdade de consciência, sejam obrigados, sob pena de perder o emprego e outras, a praticar o aborto; farmacêuticos a vender contraceptivos e preservativos; e notários a realizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Na raiz das perseguições, o demônio

Qual a razão profunda dessa sistemática perseguição aos cristãos e ao Cristianismo?

A tentativa de implantação no mundo do igualitarismo total — diametralmente oposto à ordem cristã, preceituada pelo Evangelho e pela doutrina católica — está dando lugar à maior perseguição jamais havida. Seu inspirador é o próprio Lúcifer, cuja revolta, segundo diversos teólogos, se teria dado quando ele teve conhecimento do futuro nascimento de Nossa Senhora, a obra-prima da criação, de natureza inferior à sua, mas que seria elevada pela graça acima de todos os anjos e deveria ser reverenciada por ele como Rainha.

Os sequazes de Lúcifer continuam a repetir através dos séculos sua exclamação iníqua: “Non serviam!” – Não servirei! (Jer 2,20). Cumprem eles assim o descrito no Gênesis, ao predizer que Deus poria inimizades não apenas entre a Virgem e a serpente, mas também entre os descendentes espirituais de Maria e os de satanás.

O igualitarismo total visa apagar — de preferência deformar — no coração e na mente dos homens, toda e qualquer imagem ou ideia de Deus, cuja glória e majestade infinitas estão espelhadas na obra da criação, de modo especial na boa organização da sociedade humana.

O ex-comunista francês Roger Garaudy — tornado mais tarde muçulmano — declarou que os comunistas ostentadores seu ateísmo utilizavam uma tática redondamente equivocada, pois a forma mais segura e eficaz para se apagar da sociedade a imagem de Deus não era para pregação explícita do ateísmo — a qual, ademais, produzia reações —, mas por meio da implantação do igualitarismo: este impediria a imagem divina de refletir-se através das miríades de criaturas desiguais.

Será que as afinidades igualitárias que prendiam até então Garaudy ao comunismo ele não as terá discernido depois como mais presentes e mais consistentes no Islamismo, que ele decididamente abraçou?

Isto levanta uma outra questão. O apoio da China e da Rússia ao Irã, bem como as simpatias e afinidades que em relação a eles nutre o progressismo católico — prenhe de sonhos igualitários para a Igreja e a sociedade civil — não constituiriam uma tríplice aliança com vistas à implantação da utopia igualitária no mundo inteiro? A quem quiser aprofundar-se no estudo deste tema recomendo a leitura do artigo de Luis Dufaur sobre as raízes e perigos do fundamentalismo maometano (vide Catolicismo, novembro/2001).

Seja como for, ante a escalada da Cristianofobia que pela cumplicidade dos governos e a apatia da opinião pública universal ensanguenta o mundo, brademos em uníssono com São Miguel Arcanjo “Quis ut Virgo?” (Quem como a Virgem?). Este brado é certamente o mais temido por Lúcifer e seus sequazes, por ser o que mais os humilha. Ao mesmo tempo, imploremos a poderosa e decisiva intervenção d’Aquela que“sozinha esmagou todas as heresias”! (Antífona da Virgem).

*       *       *

Todos esses fatos nos mostram como estamos revivendo as antigas perseguições do Império Romano pagão, só que muito mais extensas e perversas. Pois elas são movidas de um lado por pagãos que recusaram até o momento a conversão, e de outro lado por ex-cristãos que renunciaram à sua fé e querem eliminar do Ocidente toda imagem de Deus e da verdadeira Religião. Mas do mesmo modo como o Império Romano ruiu e nasceu a Civilização Cristã, também a presente situação acabará após os castigos purificadores previstos em 1917 por Nossa Senhora de Fátima e, em dado momento, surgirá o Reino de Maria por Ela prometido: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!”.



Fonte: Revista Catolicismo nº 734

quarta-feira, 7 de março de 2012

SERENIDADE



"Serenidade é graça de não perder a paz, mesmo quando a agitação parece ser a única saída. Serenidade é a capacidade de se manter na mansidão, na tranquilidade, na paz de espírito, especialmente nos momentos mais difíceis. Serenidade é aprender a se comportar sem se contaminar pelo espírito de derrota''. 
(Livro: Saborear a vida).

" Serenidade é a virtude que nos faz manter a calma em qualquer circunstância. Com ela é possível dialogar sem receio de propor as próprias idéias. Normalmente mostramos agressividade para defender nosso território como fazem os animais.

A virtude da serenidade dá forças para acolher o diferente, dar espaço ao outro e a suas opiniões. Mesmo discordando. Não perde o equilíbrio nos relacionamentos com as pessoas e nos desencontros da vida.

Dá-nos controle sobre nós mesmos, não como uma tampa na pressão, mas como uma válvula que desafoga os humores que nos prejudicam no relacionamento e nas tomadas de decisão.

Dá-nos força para enfrentar as questões e situações complicadas e difíceis, sem perder o equilíbrio. Às vezes nós nos afogamos num copo d’água e até mesmo numa gota.

O sentimento que mais nos deve ocorrer é que estamos nos braços do Pai, como reza o salmo: “Eu me acalmo e tranqüilizo, como uma criança amamentada no colo da mãe” (Sl 131,2). A graça do Espírito Santo forma em nós este coração.

- Conta-se que S. Francisco de Sales era sereno e manso com as pessoas. Sua natureza, contudo, era de um homem colérico. Educou-se. Dizemos que, conversando, a gente se entende. Forçar as pessoas a suportar nosso mau humor, é demonstrar arrogância. Ser sereno é ser feliz e fazer os outros felizes. "
(Fonte: Pe. Luiz Carlos, redentorista)

Oração da Serenidade

Senhor, concede-me a serenidade de aceitar as coisas que não posso mudar; a força e a coragem de mudar as coisas que posso mudar; a sabedoria de distinguir a diferença. Vivendo um dia de cada vez; gozando de um momento de cada vez; aceitando a adversidade como o caminho para a paz; abraçando, como Ele mesmo fez, este mundo de pecados assim como é, e não como eu desejaria que fosse; confiando que Ele ajustará tudo se me conformo à sua vontade; que eu seja razoavelmente feliz nesta vida e supremamente feliz com Ele para sempre na próxima.



terça-feira, 6 de março de 2012

SILÊNCIO

Irmãos, quem não gostaria de silenciar quando deveria e muitas vezes ou na maioria das vezes não consegue. Silenciar é um dom e aqueles que não o possuem, devem orar pedindo essa graça (acredito eu) . Não possuo esse dom, mas hoje estou praticando esse exercício de me calar quando devo me calar e não ocupar com fofocas e coisas inúteis no meu dia a dia. Como é fácil se envolver nesse meio, Meu Deus!  Que tristeza quando percebo que não fui útil para as pessoas, que me envolvi em conversas banais. Tenho esse propósito em minha vida: pensar bastante antes de falar em quaisquer tipos de discussões e ter cuidado para opinar e não magoar o próximo. Acredito que um dos piores "males do mundo" é o pecado da língua. Essa língua afiada que está acabando com o amor das pessoas, destruindo vidas e tudo mais. Gostei bastante do texto desses dois autores e gostaria  muito de compartilhar com vocês. Boa leitura!!! 

No nascimento de Jesus houve grande movimentação dos pastores até que encontraram a manjedoura onde Jesus, Maria e José estavam. Contavam tudo o que haviam ouvido a respeito do menino que acabara de nascer. Em meio a este momento de louvor e adoração o Evangelista Lucas destaca um detalhe: “Maria conservava todas essas palavras, meditando-as em seu coração” (Lc 2,19).
Quando Jesus, aos 12 anos, perdeu-se e foi encontrado por seus pais em meio aos doutores da lei, ao ser questionado sobre seu desaparecimento, Jesus responde aos seus pais que seu destino era “ocupar-se com as coisas Seu Pai”. Ninguém entende nada e “Sua Mãe guardava todas essas coisas em seu coração” (Lc 2, 51).

Nós que amamos Nossa Senhora buscamos, em seu exemplo de vida, ensinamentos para podermos nos portar diante da vontade do Senhor. Sua fidelidade, humildade e obediência a Deus são algumas das virtudes que buscamos imitar em Nossa Senhora, mas uma grande virtude de Nossa querida Mãe é o silêncio.

Silenciar é um dom. Há momentos em que o silêncio é mais precioso que muitas palavras pronunciadas. Ter a sabedoria de silenciar no momento certo ou em situações corretas é um sintoma de maturidade e inteligência. Silenciar no momento de uma discussão mais acalorada, não responder a uma ofensa, não remoer o passado, silenciar quando você fica sabendo de algo do fulano, silenciar quando você recebe uma confidência… Existem também aqueles tristes momentos em que não sabemos o que falar. Quebramos a cabeça em como poderíamos consolar pessoas amigas que perderam um ente querido, mas as palavras certas não são encontradas. Então calamos, e descobrimos que apenas estar presente basta.
Uma pessoa imatura quando recebe uma confidência ou observa algo de errado é tomada por uma grande ansiedade que não é capaz de conter o que viu ou ouviu. Mais cedo ou mais tarde, direta ou indiretamente contará para alguém.

Chegou aos seus ouvidos algo “bombástico”? É algo divertido ou ridículo? Contando aos companheiros poderia render alguns minutos de divertidos comentários, mas o revés desse divertimento pode ser o rótulo de ser uma pessoa incapaz de guardar silêncio.

Prezado irmão, desenvolva o dom do silêncio, não murmure, saiba acatar, aprenda a ouvir e não disseminar coisas inúteis. Lute por ter a “fama” de ser uma pessoa de confiança. Permita-se ser amparo para alguém com a necessidade de compartilhar os seus problemas. Torne-se uma pessoa íntegra e madura, uma pessoa capaz de guardar qualquer confidência. Cultive o silêncio com a mesma devoção que você cultiva a amizade com Deus.

Nossa Senhora Virgem do silêncio, ensina-nos a silenciar, a sermos misericordiosos, pacientes e humildes.


Fonte: André Borges - Fase do discipulado da Comunidade Obra de Maria


SILÊNCIOS E PALAVRAS

Não diga as coisas com pressa. Mais vale um silêncio certo que uma palavra errada. Demora naquilo que você precisa dizer. Livre-se da pressa de querer dar ordens ao mundo. É mais fácil a gente se arrepender de uma palavra que de um silêncio.

Palavra errada, na hora errada, pode se transformar em ferida naquele que disse, e também naquele que ouviu. Em muitos momentos da vida o silêncio é a resposta mais sábia que podemos dar a alguém.

Por isso, prepara bem a palavra que será dita. Palavras apressadas não combinam com sabedoria. Os sábios preferem o silêncio. E nos seus poucos dizeres está condensada uma fonte inesgotável de sabedoria.

Não caia na tentação do discurso banal, da explicação simplória. Queira a profundidade da fala que nos pede calma. Calma para dizer, calma para ouvir.

Hoje, neste tempo de palavras muitas, queiramos a beleza dos silêncios poucos.

Fonte: Padre Fábio de Melo



segunda-feira, 5 de março de 2012

O homem busca a Deus




O homem naturalmente busca a Deus, a sede de infinito, desejo de resposta para as inquietações mais profundas, a procura pela felicidade, que o homem traz em si, são sinais de que até de modo inconsciente o homem procura a Deus.

O mesmo Catecismo da Igreja em belas palavras fala desta busca incessante de Deus por parte do ser humano: “O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar” e também: “Deus criou tudo para o homem, mas o homem foi criado, para servir e amar a Deus e oferecer-lhe toda a criação” Catecismo da Igreja Católica, 27 e 358.

O grande Santo Agostinho (+430) já escrevera: “Todavia, o homem, partícula de tua criação, deseja louvar-te. Tu mesmo que incitas ao deleite no teu louvor, porque nos fizeste para ti, e nosso coração está inquieto enquanto repousar em Ti” Confissões 1,1.

Antes de Deus revelar-se de modo sobrenatural, Deus revelou sua existência seja no coração humano que o procura, seja na Criação que nossos olhos contemplam. Para acolher esta revelação natural de Deus foi dado por Deus ao homem, a luz da razão. A Luz da razão foi dada a todos os homens, pois estes são seres racionais. Pela grandeza da inteligência humana é possível chegar a Deus. Isto já diziam os antigos filósofos: Platão e Aristóteles já o demonstraram, estes filósofos chegaram à idéia de nosso Deus único, que Aristóteles chamava de motor imóvel.

Que é possível chegar a Deus só pela luz da razão, também o afirma a Sagrada Escritura: “São insensatos por natureza todos os que desconheceram a Deus, e, através dos bens visíveis, não souberam conhecer Aquele que é, nem reconhecer o Artista, considerando suas obras. Tomaram o fogo, ou o vento, ou o ar agitável, ou a esfera estrelada, ou a água impetuosa, ou os astros dos céus, por deuses, regentes do mundo. Se tomaram essas coisas por deuses, encantados pela sua beleza, saibam, então, quanto seu Senhor prevalece sobre elas, porque é o Criador da beleza que fez estas coisas. Se o que os impressionou é a sua força e o seu poder, que eles compreendam, por meio delas, que seu Criador é mais forte; pois é a partir da grandeza e da beleza das criaturas que, por analogia, se conhece o seu Autor” Sb 13, 1-5. E parte do mesmo pressuposto o Apóstolo São Paulo: “... Porquanto o que se pode conhecer de Deus, os homens vêem em si mesmos, pois Deus lho revelou com evidência. Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o Seu sempiterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência por Suas obras, de modo que não podem escusar-se” Rm 1, 19-20.

Santo Agostinho


É importante sempre recordar que pela luz natural da razão chega-se a Deus, para que todos nós possamos saber que a finalidade mais sublime da inteligência é chegar a Deus. Podemos pensar e inventar tantas coisas a partir da capacidade de nossa mente. Contudo, esta capacidade mental só terá cumprido a sua missão, quando se empenha em chegar a Deus.

O que se pode descobrir de Deus pela luz da razão: que Deus existe e que Ele é único, onipotente, eterno, onisciente, perfeito, criador. O Concílio Vaticano I fala desta capacidade da razão em direção ao conhecimento de Deus: “a mesma Santa Igreja crê e ensina que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido com certeza pela luz natural da razão humana por meio das coisas criadas; pois as perfeições invisíveis tornam-se visíveis depois da criação do mundo, pelo reconhecimento que suas obras dão Dele (Rm 1, 20)” Dei Filius, Sessão II, capítulo I, Denzinger, 1.785.

Não se pode, porém, chegar apenas pela luz da razão a outras verdades sobre Deus: que Ele é Trindade, que Ele é misericordioso, que o Filho fez-se homem como nós... Logo, além da luz natural da razão, nós precisamos ter a luz sobrenatural da fé, até porque a nossa razão tem muitos limites devido as conseqüências deixadas pelo pecado original. Por isso Deus concedeu-nos a graça da fé para acolhermos em nossa vida o Seu mistério, a Sua Revelação Sobrenatural.



Fonte: Padre Cesar Silva Rossi

domingo, 4 de março de 2012

Amor e Caridade



Irmãos, nessa leitura vocês obterão um grande aprendizado. Simplesmente profunda e tocante!

Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito. Amarás teu próximo como a ti mesmo. Nesses dois mandamentos se resumem toda Lei e os profetas” Mt 22, 37-40.

Amar a Deus e ao próximo, quem faz isso cumpre toda a Lei, pratica toda a Vontade de Deus. São Paulo é quem o diz: “... Aquele que ama o seu próximo cumpriu toda a lei” Rm 13,8.

Este Amor-Caridade é o mais excelente dos dons do Espírito, eis o que escreve o Apóstolo São Paulo: “Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver Caridade, de nada valeria!... Por ora subsistem a fé, a esperança e a Caridade - as três. Porém, a maior delas é a Caridade” 1 Cor, 13, 3. 13.

O amor que aqui falamos não é simplesmente o amor físico, do toque, do beijo, do abraço, da presença, da relação e nem somente o amor de amizade, mas sim o amor chamado Ágape, o amor de doação, de entrega. Amor como do próprio Deus por nós, que se sacrifica por nós na Cruz, na Eucaristia. Amor que dá sem calcular, amor que se entrega só pela generosidade de dar-se.

A doutrina da Igreja tem uma definição clara para este Amor-Caridade: “A Caridade é uma virtude teologal sobrenatural infusa pelo Espírito Santo na alma que foi batizada, virtude esta que nos faz amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos por causa de Deus”.

A Caridade é uma virtude, ou seja, um hábito é algo permanente, não transitório nem ocasional. Mas não um hábito praticado, que começou a existir por um costume, pois a Caridade é um dom sobrenatural, vem de Deus e não de esforços humanos. Essa virtude nos faz amar a Deus em primeiro lugar, sobre todas as coisas e ao próximo sempre por causa de Deus, pois se amamos o próximo por causa dele mesmo, podemos nos decepcionar quando ele nos trair ou for ingrato conosco.

Santo Tomás de Aquino, grande teólogo e sacerdote do século XIII, tem um comentário sobre os dois preceitos da Caridade. Santo Tomás indica quatro elementos para que possamos observar bem este preceito: 
  • Primeiro: considerar os bens que recebemos de Deus: “Muito ingrato seria o homem, que, consciente de ter sido beneficiado, não amasse seu benfeitor” Comentário sobre os dois preceitos da Caridade e aos dez mandamentos. 
  • Segundo: é reconhecer a suprema superioridade de Deus, por mais que façamos, faremos sempre menos do que Ele merece, mas devemos mesmo assim continuar exaltando-O. 
  • Terceiro: temos que renunciar a prioridade dada aos bens terrenos, é uma injúria colocar Deus abaixo das suas criaturas, recorda o Santo. Santo Tomás assim afirma: “Quando no teu coração colocas qualquer outra coisa no lugar de Deus, é a Ele que tu afastas. Ele não tolera encontrar na alma qualquer coisa ou qualquer um que lhe faça concorrência, nisso Deus se assemelha a um esposo que não admite outros amantes junto à própria esposa. Ele mesmo o diz: ‘Eu, o Senhor teu Deus, sou um Deus ciumento’”. 
  • Quarto elemento para o amor perfeito a Deus é a fuga do pecado. Nesse sentido, Santo Tomás ensina que vão contra este preceito de amar a Deus dois tipos de seres humanos: primeiro, o homem que abandona um pecado e acaba substituindo-o por outro, e segundo, o homem que confessa metade dos pecados a um confessor e a outro confessa os outros pecados, escondendo de um sacerdote os seus pecados, o Santo comenta: “Pecam tais pessoas, porque querendo enganar a Deus mostram pouca reverência em relação à coisa tão sagrada. É quase um sacrilégio esperar de Deus um perdão pela metade; na confissão revela-te por inteiro, sem reservas”. 



Santo Tomás ainda ensina como amar ao próximo como a si mesmo, apontando os seguintes motivos: Primeiro, o expresso desejo do Senhor: ‘nisto reconhecerão que vós sois os meus discípulos, se vos amardes uns aos outros’ (Jo 13, 35). Ele não diz: ‘acreditarão em vós quando ressuscitardes um morto’, ou ‘quando realizardes outros grandes prodígios’; não! A demonstração mais evidente de sermos discípulos de Jesus, será só esta: ‘se vos amardes uns aos outros’...”.

Segundo motivo para amarmos o próximo, é porque como humanos somos da mesma natureza. Terceiro, porque a Caridade nos une como cristãos “na mais ampla comunhão de tudo aquilo que é bom.” 

Santo Tomás ainda afirma que é falso o amor ao próximo que se baseia ou no interesse ou no prazer. O verdadeiro amor ao próximo é  buscarmos o bem do próximo. Feitas estas considerações do grande Doutor da Igreja, Santo Tomás de Aquino, é importante dizer que há uma ligação indissolúvel entre o amor de Deus e o amor ao próximo.

Amamos o próximo porque nele vemos Deus. Se amamos a Deus devemos demonstrá-lo no amor ao próximo, como bem indica São João em sua carta: “Se alguém disser: amo a Deus, mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não se vê.” 1 Jo 4, 20. E também se amamos o próximo, devemos amá-lo por causa do nosso amor a Deus; amamos o próximo porque vemos Deus nele.

Se emprestardes dinheiro a alguém do meu povo, ao pobre, que está contigo, não lhe será como um credor: não lhe exigirás juros. Se tomares como penhor o manto do teu próximo, devolver-lho-ás antes do pôr do sol” Ex 22, 25-26.

O nosso amor ao próximo também nos dias atuais exige-nos atitudes concretas. Hoje meditemos como devemos expressar o nosso amor ao próximo: talvez seja aconselhando um irmão, ou corrigindo-o por amor, ou dando-lhe um sorriso para animá-lo, ou perdoá-lo em algo que ele nos ofendeu, ou suportando seu temperamento difícil, como muitos têm que suportar nosso temperamento.

Amar ao próximo como a si mesmo significa amá-lo nem na proporção de Deus e nem menos do que nos amamos, ou seja, amá-lo na justa medida. 

Este amor ao próximo e a Deus é a garantia de nossa entrada no Paraíso; o tão citado Santo Tomás nos diz: “A Caridade já é um começo de vida eterna e a vida eterna há de constituir-se em um ato ininterrupto de Caridade” Suma Teológica, I-II q. 114, a.4.

Santo Tomás de Aquino: " Que a Virgem Maria, Mãe e modelo da Caridade, ensine-nos a amar no próximo o próprio Deus e Deus acima de todas as coisas, para que sejamos felizes nesta vida e conjunta e eternamente felizes na vida eterna."

Fonte: Padre César Silva Rossi

sexta-feira, 2 de março de 2012

Novos indícios sobre a ressurreição de Jesus Cristo





Estudo revela novos indícios sobre a ressurreição de Jesus Cristo


SÃO PAULO - Segundo informou a agência Efe, um grupo de arqueólogos e especialistas em assuntos religiosos apresentou em Nova York as conclusões de uma pesquisa que apresenta indícios da ressurreição de Jesus a partir de um túmulo localizado em Jerusalém há três décadas.

'Até agora me parecia impossível que tivessem aparecido túmulos desse tempo com provas confiáveis da ressurreição de Jesus ou com imagens do profeta Jonas, mas essas evidências são claras', afirmou nesta terça-feira à Agência Efe o professor James Tabor, diretor do departamento de estudos religiosos da Universidade da Carolina do Norte, um dos responsáveis pela pesquisa.

O túmulo em questão foi descoberto em 1981 durante as obras de construção de um prédio no bairro de Talpiot, situado a menos de quatro quilômetros da Cidade Antiga de Jerusalém. Um ano antes, neste mesmo lugar, foi encontrado um túmulo que muitos acreditam ser de Jesus e sua família.

Ao lado do professor de Arqueologia Rami Arav, da Universidade de Nebraska, e do cineasta canadense de origem judaica Simcha Jacobovici, Tabor conseguiu uma permissão da Autoridade de Antiguidades de Israel para escavar o local entre 2009 e 2010.

Em uma das ossadas encontradas, que os especialistas situam em torno do ano 60 d.C., é possível ver a imagem de um grande peixe com uma figura humana na boca, que, segundo os pesquisadores, seria uma representação que evoca a passagem bíblica do profeta Jonas.

A pesquisa, realizada com uma equipe de câmeras de alta tecnologia, também descobriu uma inscrição grega que faz referência à ressurreição de Jesus, detalhou à Agência Efe o professor Tabor, que acrescentou que essa prova pode ter sido realizada 'por alguns dos primeiros seguidores de Jesus'.

'Nossa equipe se aproximou do túmulo com certa incredulidade, mas os indícios que encontramos são tão evidentes que nos obrigaram a revisar todas as nossas presunções anteriores', acrescentou o especialista, que acaba de publicar um livro com todas as conclusões de sua pesquisa, 'The Jesus Discovery'.

Fonte: 

quinta-feira, 1 de março de 2012





Às vezes, só lembramo-nos de Deus quando "a água chega ao pescoço". Há os que só voltam a Deus pela dor. Precisam passar por um diagnóstico de câncer, um acidente, uma provação profunda para se lembrar de Deus. Isso não é uma vida de oração saudável.

A oração é um combate e nós devemos lutar contra tudo aquilo que nos faz desanimar, como a sensação de fracasso, ressentimento ou decepção por aparentemente não termos sido atendidos. Isso é o que chamamos de aridez espiritual, a qual deve ser expurgada pela fé pura que se mantém fielmente com Jesus. "Se o grão de trigo que cai na terra  não morrer, permanecerá só; mas se morrer produzirá muito fruto". (Jo 12,24)

Santo Agostinho diz: " Não te aflijas se não recebes imediatamente de Deus o que lhes pede; pois Ele quer fazer-te um bem ainda maior por tua perseverança em permanecer com Ele na oração. Ele quer que nosso desejo seja provado na oração. Assim Ele nos prepara para receber aquilo que Ele está pronto a nos dar."

Outro erro é a distração, seja por meio de palavras, seja em pensamento. A distração refere-se tudo aquilo que toma nossa consciência e nos afasta do Senhor. Por isso, é importante a vigilância e ao sobriedade de coração.

A falta de fé e as tentações da carne também são obstáculos à oração. A primeira porque nos impede de acreditar no Senhor que disse: "Sem mim nada podeis fazer" (Jo15,5). A segunda por levar à diminuição da vigilância e à negligência do coração: " O espirito está pronto, mas a carne é fraca" (Mt 26,41).

Devemos rezar sempre, superando todos esses obstáculos por meio da humildade, da confiança e da perseverança.

Jesus nos ama e está cuidando de seus queridos filhos...



Fonte: 20 passos para a paz interior. Pe Reginaldo Manzotti