quinta-feira, 26 de abril de 2012

Como conseguir força interior?




Como conseguir força interior? 

 Surgem tristezas durante a vida: traumas e marcas, situações que não aceitamos e que ferem profundamente nosso ânimo. Sofrimentos que chegam quando menos esperávamos: o falecimento de alguém, uma doença, dificuldades na família, com o filho, a filha, o marido, a esposa, os pais; situações que às vezes nos decepcionam. Por algum motivo qualquer a tristeza pode aparecer. Mas você não pode se entregar a ela.

“Não entregues tua alma à tristeza, não atormentes a ti mesmo em teus pensamentos”.

É o que está escrito no livro do Eclesiástico, um pensador das coisas de Deus, no capítulo 30, versículo 22. A pessoa paga alto preço quando se entrega ao desânimo, a partir das tristezas da vida. A entrega de si às doenças da alma – quando se perde a alegria, a paz, a saúde – desarticula tudo e tudo se transforma em “pré-ocupações”.

Desculpe... A vida se transforma num inferno e não é assim que você merece viver.

Mesmo que seu marido ou sua esposa tenha sido infiel, cometendo adultério; mesmo que haja brutalidades dentro de sua casa, ingratidões, irresponsabilidades, se seu marido deixou você na rua da miséria, com os filhos dentro de casa, sem dinheiro, sem pensão, sem nada, não permita que sua chama se apague. Mesmo que você tenha se decepcionado com o amor ou com uma grande amizade; mesmo que sua família esteja dividida ou você esteja sem nenhuma expectativa de futuro: “Jamais se desespere em meio às sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda” (Provérbio Chinês).

Não permita que isso mate sua alma. Mas como conseguir forças interiores? A decisão já foi tomada, mas... Ainda sinto fraqueza... Como conseguir ânimo tão de repente?

Vencer o desânimo passa pelo poder de decisão pessoal. É uma decisão pessoal. Não estou minimizando seu problema. Talvez você saiba que seu problema é impossível de ser resolvido, mas aí está o mais importante: para que Deus possa agir em sua vida é preciso que você acredite, acolha e DECIDA.

Vamos lembrar a história de Isabel?

Isabel, aonde fosse, carregava o milagre na barriga. No fogão, lavando roupa, buscando água, a barriga estava na frente e nela estava o milagre de Deus. Mas a bendita Isabel estava “pré-ocupada”, com a cabeça confusa, depressiva, triste, abatida e desanimada. E isso durou até o momento em que Maria chegou em sua casa:
"Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no sue seio; e Isabel ficou cheia do ESPIRÍTO SANTO. E exclamou em alta voz: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre’”. Evangelho segundo Lucas, capítulo primeiro, dos versículos 39 ao 42. Naquela hora, a prima da Virgem Maria ficou “elétrica” e também profetizou. Não havia possibilidade de Isabel saber que Maria trazia um filho em seu ventre. Quando Isabel ouviu o “shalom” de Maria (naquele tempo não se saudava com bom dia ou boa tarde, era “shalom”), a criança estremeceu em seu ventre e ela ficou cheia do Espírito Santo e pôde exclamar:


“Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe do meu Senhor?” Evangelho segundo Lucas, capítulo primeiro, versículo 43.

Como Isabel podia saber disso? Que diferença entre a Isabel preocupada e enterrada em si mesma e a Isabel que ficou repleta do ESPÍRITO SANTO! Fiz questão de escrever como Isabel se encontrava, para que você veja a diferença.

Hoje muitas pessoas têm uma visão concreta do sobrenatural, usam os dons espirituais, oram pelas pessoas, exercitam-se na oração. Há até pessoas que, pensando conhecer a Deus, entram pela realidade de “programação mental”, acendem incensos, buscam todas as formas de energização e de paz interior, mas se encontram como Isabel: desanimadas, cabisbaixas, frustradas, com os sentimentos e as emoções totalmente convulsionados, e se arrastando pela vida por causa dos problemas.

Porém, se você decide acolher o Espírito Santo, você se torna uma pessoa nova, como Isabel, cheia do Espírito Santo. É olhar além dos fatos e para uma nova motivação em sua vida interior.
Pensa-se que os problemas tiram a alegria, a coragem da vida humana. Quando eles surgem, você deve enfrentá-los e ter ainda mais coragem. A forma de enfrentar a tristeza é um coração alegre, pois a alegria do homem torna mais longa sua vida.

“Tem compaixão de tua alma, torna-te agradável a Deus, e sê firme; concentra teu coração na santidade, e afasta a tristeza para longe de ti”, pois a tristeza matou a muitos e não há nela utilidade alguma”. É o que está escrito no livro do Eclesiástico, no capítulo 30, 24 e 25.


Fonte: Monsenhor Jonas Abib

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Queremos paz!!!





Em muitos lugares há formas silenciosas e até sofisticadas de preconceito e oposição contra os que creem em seus símbolos religiosos. Um alerta importante está na consideração de que os cristãos, na atualidade, são o grupo religioso que mais sofre perseguições na profissão de sua fé. As estatísticas de violências praticadas contra esse grupo são estarrecedoras, apontando esse mal inaceitável da intolerância religiosa, um tema de grande importância para a Filosofia, a Antropologia, a Sociologia e outros campos do saber. É alarmante comparar os avanços das reflexões já postas com o que ronda a mentalidade de grupos, sociedades e culturas, provocando esse cenário inaceitável. Consequências, como mortes e atentados, ainda impõem um clima que, diariamente, leva os que professam a sua fé a constantes sobressaltos causados por ofensas, e são até impedidos de procurar a verdade e a viver a sua fé em Jesus Cristo. 

Há um princípio de compreensão que, na consideração do cenário de intolerância religiosa, aponta a liberdade de credo como expressão da especificidade da pessoa humana, sendo que por ela cada indivíduo pode orientar a vida pessoal e social para Deus, diz o Papa. Ele afirma ainda que negar ou limitar arbitrariamente essa liberdade significa cultivar uma visão redutiva da pessoa humana.

Caso se constate que esse cenário de intolerância religiosa beligerante - ofensiva e produtora de mortes e atentados – não esteja nas sociedades cristãs e católicas, como a nossa, é preciso dedicar tempo a considerações importantes, para que não se avancem em direções que produzirão nefastas consequências já presentes noutras plagas. Essas considerações não são a favor de um ou outro grupo religioso, como quem quer, de antemão, protegê-lo de derrocadas ou encontrar modos exitosos para a sua continuidade. Antes de todos estes aspectos, com sua importância própria e necessidades, situa-se o risco de obscurecimento do papel público da religião, também, este, responsável como agente forte na geração e manutenção de uma sociedade injusta. Ora, a verdadeira natureza da pessoa não se compreende nem se sustenta simplesmente por outros importantes componentes, quando se considera o conjunto da sociedade e a configuração da cidadania.

Há algo que ultrapassa tudo, de caráter transcendente que não pode ser negado e pisado, está além das conquistas científicas e tecnológicas. A consequência, pois, é o comprometimento da paz. Na verdade, se tornará difícil e inviável, caso se pisoteie a dimensão transcendente da pessoa, a afirmação de uma paz autêntica e duradoura para toda a família humana. Nem mesmo as estratégias da igualdade social têm força suficiente para mantê-la. Sem a dimensão transcendente da pessoa, cultivo próprio da experiência religiosa, a igualdade estabelecida se deteriorará, porque o que sustenta a paz vem de dentro do coração humano, sacrário recôndito da presença de Deus, fonte de sabedoria, amor e gosto por ela. Essa presença amorosa se configura ao tomar forma em condutas dignas e honestas e ao se agigantar em práticas vivenciais com incidências sociais e políticas fortes, com poder de promover e sustentar a paz. Trata-se, pois, de uma espiritualidade imprescindível para o mundo. 

A vida espiritual é direito sagrado e necessário, como indispensáveis são outras demandas sociais, humanas e corporais. Não se pode descuidar da vida espiritual. Só assim cada pessoa e comunidade de fé, sem fundamentalismos e manipulações, poderão desenvolver espiritualidade fecunda que dará sustentação à paz.



Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Marxismo Cultural e Revolução Cultural - Padre Paulo Ricardo de Azevedo Jr









Queridos, vale muito a pena assistir essas 5 palestras do Padre Paulo. As palestras falam sobre o Marxismo Cultural e Revolução Cultural. Ele aborda os danos que a Teologia da Libertação vem causando à verdadeira fé católica. São aulas longas, mas que valem a pena serem assistidas. Recomendadíssimo!!!

Parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=FJi7CugwzVw&feature=relmfu

Parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=zR46YW9t4VY&feature=relmfu

Parte 3
http://www.youtube.com/watch?v=fb9M8EXdATk&feature=relmfu

Parte 4
http://www.youtube.com/watch?v=m1siNc0etwg&feature=relmfu

Parte 5
http://www.youtube.com/watch?v=jG81xG3vHQw&feature=relmfu

Parte 6
http://www.youtube.com/watch?v=Ho4-cqxJ1kg&feature=relmfu

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Sejamos um eterno aprendiz




Muitas pessoas já sabem, mas vale a pena repetir: nossa missão não termina quando o padre diz: Vão em paz e o Senhor vos acompanhe" e saímos pela porta da Igreja. Pelo contrário, é aí que ela começa.

Se não podemos negar que o mundo vai mal, também é preciso assumir nossa responsabilidade e levar a experiência profunda vivida na comunidade, irradiando e deixando transbordar a fé que nos une, na família, no ambiente de trabalho e na sociedade. E não tenha dúvida de que se cada um de nós, de alguma forma, procurar repetir o pensar e o querer de Jesus, como eternos aprendizes de Sua infinita sabedoria, o mundo ficará muito melhor.

Em Sua vida terrena, Jesus cercou-se de discípulos, não para ser servido por eles, mas para ensinar-lhes e prepará-los para continuar sua missão. Portanto, a adesão a Jesus é o começo de um discipulado.
Infelizmente, há muitos que, no meio da estrada, tomaram outros rumos. Começaram sua caminhada na infância, pelo batismo, mas acabaram deixando sua fé ser atropelada pelas atribulações da vida ou, então, mantiveram-na apenas como enfeite, esquecida num altar no canto do quarto.

Ora, a fé não pode ser passatempo, tampouco teoria. Temos de seguir Jesus não apenas por Suas ideias, mas por Seu exemplo de vida. Ele não escolheu dia nem hora para fazer o bem. Simplesmente fez, acolhendo-nos em nossas fragilidades. E o Seu único pedido é que abramos caminho para Ele agir, transformando nossa vida e posicionando-nos no mundo.

Ser cristão significa acompanhar permanentemente o Senhor. O cristianismo é um projeto de vida.


Fonte: 20 passos para a paz interior - Pe Reginaldo Manzotti

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Bíblia Sagrada


Queridos, hoje venho recomendar essa Bíblia para que vocês comecem a ter vontade e interesse em ler. Um dia estava passeando em um shopping da cidade e tinha um quiosque que vendia artigos religiosos. Fiquei ali apreciando, quando enxerguei essa Bíblia Sagrada (Nova Tradução na Linguagem de Hoje -Editora Paulinas). Não conhecia, achei interessante e resolvi comprar. Nooossa! Quando comecei a ler, vi a facilidade do vocabulário e fiquei a cada dia interessa em ler mais e mais. As palavras são mais acessíveis e o mais importante, essa tradução mantem uma fidelidade irrestrita aos textos originais. Achei sensacional, porque sempre tive dificuldade em compreender. Atualmente uso essa e a Bíblia de Jerusalém. Ambas para o meu estudo bíblico. Recomendo demais!!!



" Esse trabalho representa um significativo esforço por adequar-se à cultura e linguagem do homem contemporâneo, facilitando aos fiéis a compreensão dos conteúdos da Revelação de Deus e permitindo-lhes uma maior familiaridade com a sua Palavra." 

Um breve histórico dessa Bíblia 

Paulinas Editora relança uma das Bíblias mais difundidas e populares no Brasil: "Bíblia Sagrada: Nova Tradução na Linguagem de Hoje". A história desta Bíblia iniciou-se com a publicação do "Novo Testamento - Tradução na Linguagem de Hoje", em 1973, pela Sociedade Bíblica do Brasil. Quinze anos depois, em 1988, foram incluídos os textos do Antigo Testamento, assim como se encontram na Bíblia Hebraica. A partir deste momento, a tradução chamou-se "Bíblia na Linguagem de Hoje". Uma grande revisão que demorou dez anos resultou na reapresentação desta Bíblia com o título "Nova Tradução na Linguagem de Hoje".
O que é canônico e deuterocanônico: Com o tempo, foram acrescentadas à Bíblia na Linguagem de Hoje também as traduções dos livros 1 e 2 Macabeus, Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico e Baruque, preparadas pelas Sociedades Bíblicas Unidas. Estes sete livros são canônicos para os católicos, pois fazem parte da antiga tradução latina do Primeiro (= Antigo) Testamento chamada Vulgata, a qual, por sua vez, seguiu a sequência dos livros na antiga tradução grega da primeira parte da Bíblia cristã chamada Septuaginta. Os protestantes consideram estes livros como deuterocanônicos, pois Lutero preferiu, em sua época, a configuração do Antigo Testamento da forma que se encontra na Bíblia Hebraica. Esta última não continha os sete livros acima mencionados. Com a inclusão destes livros, a Bíblia na Linguagem de Hoje tornou-se completa também para os leitores pertencentes à Igreja Católica.
As vantagens desta tradução: A maior vantagem desta Bíblia continua sendo sua linguagem mais acessível. Os tradutores adaptaram as expressões originais dos textos bíblicos ao modo de se falar atual em nossa cultura. Dessa forma, a leitura de muitas frases foi facilitada.
Enfim, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), autorizou e indica o uso desta Bíblia no ambiente católico. Espera-se assim que as riquezas da Sagrada Escritura fiquem mais acessíveis ao leitor contemporâneo.

Fonte: Editora Paulinas

domingo, 8 de abril de 2012

FELIZ PÁSCOA






O nome Páscoa surgiu a partir da palavra hebraica "pessach" ("passagem"), que para os hebreus significava o fim da escravidão e o início da libertação do povo judeu (marcado pela travessia do Mar Vermelho, que se tinha aberto para "abrir passagem" aos filhos de Israel que Moisés ia conduzir para a Terra Prometida). Ainda hoje a família judaica se reúne para o "Seder", um jantar especial que é feito em família e dura oito dias. Além do jantar há leituras nas sinagogas.



Para os cristãos, a Páscoa é a passagem de Jesus Cristo da morte para a vida: a Ressurreição. A passagem de Deus entre nós e a nossa passagem para Deus. É considerada a festa das festas, a solenidade das solenidades, e não se celebra dignamente senão na alegria. Páscoa (do hebraico Pessach) significa passagem. É uma grande festa cristã para nós, é a maior e a mais importante festa. Reunimo-nos como povo de Deus para celebrarmos a Ressurreição de Jesus Cristo, Sua vitória sobre a morte e Sua passagem transformadora em nossa vida.

O Tempo Pascal compreende cinquenta dias a partir do domingo da Ressurreição até o domingo de Pentecostes, vividos e celebrados com grande júbilo, como se fosse um só e único dia festivo, como um grande domingo. A Páscoa é o centro do Ano Litúrgico e de toda a vida da Igreja. Celebrá-la é celebrar a obra da redenção humana e da glorificação de Deus que Cristo realizou quando, morrendo, destruiu a morte; e ressuscitando, renovou a nossa vida.

Foi com a intenção de celebrar a Páscoa de Cristo que, desde os primórdios do Cristianismo, os cristãos foram organizando esta bela festa. Mas a partir de muitas propagandas midiáticas e de muitos outros costumes da nossa sociedade, vemos, sem dúvidas, que essa bela intenção foi se perdendo. Para muitos a Páscoa virou sinônimo de um "feriadão" ao lado de muitos outros feriadões, com o único objetivo de quebrar a monotonia da vida; com intenções e modos que não expressam os reais valores e sentidos da grande festa que é a Páscoa.

Em muitas casas, a Páscoa é vivida de forma paganizada e estragada pelas bebidas e orgias desse mundo, sem um mínimo de senso religioso ou moral; ou como um mero folclore, um mero tempo para viajar, comer chocolates e descansar de suas fadigas. Assim, um tempo que nasceu para construir laços familiares e renovar a nossa sociedade com valores perenes, acaba não atingindo o seu objetivo.

As confraternizações, os alimentos específicos e muitos outros costumes são importantes e nos ajudam a celebrar a Páscoa, mas não podem nos desviar do seu principal e essencial sentido. Hoje, temos uma geração que não entende nada do verdadeiro sentido da Páscoa, mas devemos celebrá-la bem – nós que não nos fechamos às suas origens e sabemos que ela é mais do que um "feriadão"; é uma "grande semana" na qual vivenciamos os mistérios da vida de Cristo e os mistérios da nossa própria vida.

Todos nós cristãos devemos, hoje, nos comprometer em nos mantermos fiéis às nossas origens e celebrarmos o sentido original, belo e profundo da nossa maravilhosa festa, que é a celebração da Ressurreição do Senhor. Que nossas boas obras e nossas vozes, em cada canto das nossas cidades, possam levar a alegria do Ressuscitado; sobretudo aos pobres, doentes, distanciados e a todas as pessoas, pois são amadas pelo Pai.

Irradiemos ao nosso redor a esperança e a certeza da presença de Cristo Ressuscitado. Que se encha nosso olhar de luz, como os das mulheres que viram o sepulcro vazio e o Filho de Deus ressuscitado (Mt 28). Que possamos também nós, numa só fé, exclamar como elas “o Senhor Ressuscitou, aleluia”.






Fonte: Pe Geraldinho 


sexta-feira, 6 de abril de 2012

Sexta feira da paixão




Muitos querem a sua glória, poucos aceitam a sua cruz!!!

A tarde de Sexta-feira Santa apresenta o drama imenso da morte de Cristo no Calvário. A cruz erguida sobre o mundo segue de pé como sinal de salvação e de esperança. Com a Paixão de Jesus segundo o Evangelho de João contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que lhe traspassou o lado. São João, teólogo e cronista da paixão nos leva a contemplar o mistério da cruz de Cristo como uma solene liturgia. Tudo é digno, solene, simbólico em sua narração: cada palavra, cada gesto. A densidade de seu Evangelho agora se faz mais eloqüente. E os títulos de Jesus compõem uma formosa Cristologia.

Jesus é Rei. O diz o título da cruz, e o patíbulo é o trono onde ele reina. É a uma só vez, sacerdote e templo, com a túnica sem costura com que os soldados tiram a sorte. É novo Adão junto à Mãe, nova Eva, Filho de Maria e Esposo da Igreja. É o sedento de Deus, o executor do testamento da Escritura. O Doador do Espírito. É o Cordeiro imaculado e imolado, o que não lhe romperam os ossos. É o Exaltado na cruz que tudo o atrai a si, quando os homens voltam a ele o olhar.

A Mãe estava ali, junto à Cruz. Não chegou de repente no Gólgota, desde que o discípulo amado a recordou em Caná, sem ter seguido passo a passo, com seu coração de Mãe no caminho de Jesus. E agora está ali como mãe e discípula que seguiu em tudo a sorte de seu Filho, sinal de contradição como Ele, totalmente ao seu lado. Mas solene e majestosa como uma Mãe, a mãe de todos, a nova Eva, a mãe dos filhos dispersos que ela reúne junto à cruz de seu Filho.

Maternidade do coração, que infla com a espada de dor que a fecunda. A palavra de seu Filho que prolonga sua maternidade até os confins infinitos de todos os homens. Mãe dos discípulos, dos irmãos de seu Filho. A maternidade de Maria tem o mesmo alcance da redenção de Jesus. Maria contempla e vive o mistério com a majestade de uma Esposa, ainda que com a imensa dor de uma Mãe. São João a glorifica com a lembrança dessa maternidade. Último testamento de Jesus. Última dádiva. Segurança de uma presença materna em nossa vida, na de todos. Porque Maria é fiel à palavra: Eis aí o teu filho.

O soldado que traspassou o lado de Cristo no lado do coração, não se deu conta que cumpria uma profecia realizava um último, estupendo gesto litúrgico. Do coração de Cristo brota sangue e água. O sangue da redenção, a água da salvação. O sangue é sinal daquele maior amor, a vida entregue por nós, a água é sinal do Espírito, a própria vida de Jesus que agora, como em uma nova criação derrama sobre nós.

A Celebração

Hoje não se celebra a missa em todo o mundo. O altar é iluminado sem mantel, sem cruz, sem velas nem adornos. Recordamos a morte de Jesus. Os ministros se prostram no chão frente ao altar no começo da cerimônia. São a imagem da humanidade rebaixada e oprimida, e ao mesmo tempo penitente que implora perdão por seus pecados.

Vão vestidos de vermelho, a cor dos mártires: de Jesus, o primeiro testemunho do amor do Pai e de todos aqueles que, como ele, deram e continuam dando sua vida para proclamar a libertação que Deus nos oferece.

Ação litúrgica na Morte do Senhor

1. A ENTRADA

A impressionante celebração litúrgica da Sexta-feira começa com um rito de entrada diferente de outros dias: os ministros entram em silêncio, sem canto, vestidos de cor vermelha, a cor do sangue, do martírio, se prostram no chão, enquanto a comunidade se ajoelha, e depois de um espaço de silêncio, reza a oração do dia.

2. Celebração da Palavra

Primeira Leitura

Espetacular realismo nesta profecia feita 800 anos antes de Cristo, chamada por muitos o 5º Evangelho. Que nos introduz a alma sofredora de Cristo, durante toda sua vida e agora na hora real de sua morte. Disponhamo-nos a vivê-la com Ele.

Segunda leitura

O Sacerdote é o que une Deus ao homem e os homens a Deus… Por isso Cristo é o perfeito Sacerdote: Deus e Homem. O Único e Sumo e Eterno Sacerdote. Do qual o Sacerdócio: o Papa, os Bispos, os sacerdotes e dos Diáconos unidos a Ele, são ministros, servidores, ajudantes.

Versículo antes o Evangelho

Cristo, por nós, humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso Deus o sobreexaltou grandemente e o agraciou com o Nome que é acima de todo nome.
Como sempre, a celebração da Palavra, depois da homilia conclui-se com uma ORAÇÃO UNIVERSAL, que hoje tem mais sentido do que nunca: precisamente porque contemplamos a Cristo entregue na cruz como Redentor da humanidade, pedimos a Deus a salvação de todos, crentes e não crentes.

Adoração da Cruz

Depois das palavras passamos a um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da Santa Cruz é apresentada solenemente a Cruz à comunidade, cantando três vezes a aclamação:
"Eis o lenho da Cruz, onde esteve pregada a salvação do mundo. Ó VINDE ADOREMOS", e todos ajoelhados uns instantes de cada vez, e então vamos, em procissão, venerar a Cruz pessoalmente, com um genuflexão (ou inclinação profunda) e um beijo (ou tocando-a com a mão e fazendo o sinal da cruz ); enquanto cantamos os louvores ao Cristo na Cruz :

A comunhão

Desde de 1955, quando Pio XII decidiu, na reforma que fez na Semana Santa, não somente o sacerdote - como até então - mas também os fiéis podem comungar com o Corpo de Cristo. Ainda que hoje não haja propriamente Eucaristia, mas comungando do Pão consagrado na celebração de ontem, Quinta-feira Santa, expressamos nossa participação na morte salvadora de Cristo, recebendo seu "Corpo entregue por nós".





Fonte: ACI Digital

terça-feira, 3 de abril de 2012

Por que os católicos não leem a Bíblia ?




Hoje vou falar de um tema que gosto de refletir: porque os católicos não leem a Bíblia? Falo dos católicos, porque sou católica e vivo nessa igreja. Não posso negar, os evangélicos ganham de 1000 a zero nesse quesito. Fico impressionada com o conhecimento que eles possuem, com o estudo biblico e a formação diária que eles adquirem. Há 2 anos estava sentada com um evangélico (um colega) em uma mesa e ele me disse: " Adoro falar sobre a biblia com católicos, porque eles não conhecem. Eles não sabem discutir e debater por falta de conhecimento." Na hora aquilo não soou muito bem e fiquei enfurecida, mas com 15 minutos de conversa vi que ele estava falando a mais pura verdade. Ele falava com tanta propriedade sobre as passagens da bíblia que ficava envergonhada e pensava: Meu Deus, eu não conheço a Bíblia. Eu não conheço esse livro que Cristo "deixou" para mim. Naquele dia refleti tanto, que pensei: fui catequizada, fiz primeira comunhão, crisma, participei de vários encontros jovens, tinha a bíblia, (sempre ficava fechada dentro da minha gaveta - quase nunca era aberta) e não sabia 1% que aquele evangélico sabia. Senti vergonha? Muita. Fiquei constrangida? Totalmente. Daí me perguntei: que tipo de católica eu sou, meu Deus?! É importante ter a humildade de se enxergar. E naquele momento eu estava me enxergando: as minhas falhas, a minha vida e o tipo de relação que tinha com Deus.

É incrível. Estamos acostumados a ir apenas à missa nos domingos (o mínimo do mínimo de um cristão), escutamos as leituras, o evangelho daquele dia, a homília do padre e achamos que isso é o SUFICIENTE.  Que hipocrisia!!! Depois voltamos para casa mergulhar na rotina mundana. Que tristeza! Que mediocridade! Agora eu pergunto: Como podemos dizer que professamos uma fé sem conhecê-la? Como é possível amar aquilo não conhece? Como distinguir o bem e o mal se não conhecemos a Verdade? 

Passei uma época da minha vida questionando muita coisa. Várias coisas devem ser mudadas e para serem mudadas, antes de tudo, devemos ter consciência do problema. E fazer a seguinte pergunta: não lemos a bíblia por qual motivo? Foi falha da Igreja?  Na minha opinião: sim. Os erros de décadas e décadas podem ser consertados; a didática e a metodologia podem ser mudadas. É isso que devemos acordar: mudar a metodologia. Já está mais que na hora despertar em nossas crianças o desejo da leitura bíblica. Catequizar desde pequeno com uma outra didática, um outro enfoque. Estimular desde cedo. Despertar desde cedo. É isso que está faltando em nossa religião: estamos fracos na fé, estamos fracos no conhecimento e consequentemente estamos distante de nosso Pai. Manusear a bíblia é fundamental - estudar e refletir as passagens bíblicas, conhecer a fundo o que Cristo ensinou, conhecer a sua história.  Tornar a leitura um hábito diário. Da mesma forma que comemos, dormimos e descansamos. Mudar essa cultura que está tão enraizada. E por estar enraizada estamos cegos e não vemos o problema. Se vemos, não sabemos como agir diante desse cenário.

Bom, depois daquela impacto forte que tive (conversa com o evangélico) tudo mudou na minha vida. A Bíblia saiu da minha gaveta, as folhas deixaram de ficar endurecidas e a cada dia aprofundo nos ensinamentos de Cristo. Se não posso mudar essa cultura hoje em um todo, mudarei a minha forma de agir, de evangelizar. E se possível, despertarei todos os católicos que estão cegos e imaturos na fé, perdendo a oportunidade aqui na Terra de ter em mãos o livro que vai mudar a sua história de vida aqui e na eternidade. 

Hoje entendo perfeitamente a importância daquele gesto, quando via aquelas placas nas àrvores, nos postes da cidade escrito: Leia a Bíblia. E hoje falo para todos vocês: Não percam tempo, LEIAM A BÍBLIA!!!!

domingo, 1 de abril de 2012

Semana Santa




Hoje, encerra-se a quaresma e começa a preparação para a Páscoa, que tem início com o Domingo de Ramos. Nesta semana a Igreja revive os sete dias de tudo o que Jesus viveu: Paixão, Morte e Ressurreição.

A Semana Santa é um tempo no qual a Igreja celebra a centralidade da fé, que teve início na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, ou seja, a Paixão – subida de Jesus Cristo ao Monte Calvário, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo para a salvação de Seu povo; para resgatá-los das mãos do demônio e transferi-los para o mundo da luz, para a liberdade dos filhos de Deus.

Estamos próximos do grande acontecimento, o grande momento de Deus, proposto pela Igreja para renovarmos nossa Fé, reanimarmos nossa Esperança, e ressuscitarmos nossa caridade.

Semana Santa: Semana do amor, Semana da gratidão de um Deus presente na história humana que quer salvar o Ser Humano por inteiro, quer fazer aliança, tirar do exílio os que estão longe, levar a fonte de graça os que têm sede de desejo de uma vida melhor.

Sim, o Senhor quer renovar conosco a oportunidade de dignificarmos nossas Vidas, na Vida Dele, por isso ele se entrega, se torna vitima, oferenda, porque acredita em cada um de nós, porque assume na encarnação a nossa vida, nos ensina a sermos fieis na cruz, e a não termos medo da Ressurreição.

Sim, temos que proclamar com a nossa vida, que o Senhor nos ama que ele faz opção por nós, sim o Senhor nos dá a graça de realizarmos nossa vida nele, de vivermos a proposta do Reino já aqui onde estamos, não amanhã, mas hoje, agora nesse instante.

Por isso aproveitemos essa semana, para realizarmos uma mudança radical, assumirmos a proposta de Cristo, sermos verdadeiramente instrumentos para fazer essa humanidade mais feliz, deixemos nossas cruzes, deixemos nossos túmulos, Ressuscitemos em Cristo, pois assim nossa vida terá mais Sentido.

Fonte: Frei Joel Fnpd